Me sinto sempre esgotada: Como diferenciar burnout de cançaso comum?
- Psicologa Ana Caroline Souza
- 14 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
No nosso dia a dia é de suma importância observarmos nossos processos internos e tomarmos consciência do que nosso corpo e mente estão comunicando.
O cansaço comum surge frequentemente como uma resposta natural a períodos de intensa atividade física, mental ou emocional. Ele pode ser aliviado por meio de descanso adequado, lazer e atividades prazerosas, sendo geralmente temporário e proporcional ao esforço realizado. Nesse caso, a pessoa consegue se recuperar ao pausar e recarregar as energias.
Por outro lado, o burnout vai além do cansaço passageiro e está relacionado a uma exaustão persistente, que afeta profundamente a capacidade de estar presente, de sentir prazer e de se engajar nas atividades cotidianas. O burnout se manifesta quando há um acúmulo prolongado de estresse, normalmente associado a sobrecarga no ambiente de trabalho ou em outras áreas da vida onde a pessoa se sente continuamente exigida. Isso pode ser entendido como uma interrupção da forma de viver saudável, no qual a pessoa se desconecta de suas necessidades e ignora os sinais de limite do seu organismo.
Os sintomas de burnout incluem exaustão emocional, sentimentos de despersonalização ou distanciamento das próprias atividades e uma sensação de ineficácia. A pessoa sente-se "esvaziada", como se houvesse perdido sua energia vital e sua capacidade de se conectar verdadeiramente consigo mesma e com o ambiente. Nesse sentido, enquanto o cansaço comum nos convida a um descanso, o burnout indica que a pessoa está além desse ponto e precisa reavaliar as condições e escolhas que estão gerando esse sofrimento.
Diferenciar esses estados envolve uma auto-observação honesta e uma investigação de quais aspectos da vida estão gerando essas sensações.
O trabalho terapêutico busca auxiliar a pessoa a retomar o contato consigo mesma, a reconhecer e respeitar seus limites e a desenvolver uma postura mais integrada diante das demandas do cotidiano, resgatando o equilíbrio e a autenticidade em suas escolhas e relações.
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